China dispensa visto para brasileiros em viagens de até 30 dias

Isenção, que terá validade até 31 de maio de 2026, é parte de um projeto experimental e entra em vigor a partir do dia 1º de junho para cidadãos de Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai

  • Por Jovem Pan

A partir do dia 1º de junho, cidadãos brasileiros, assim como aqueles da Argentina, Chile, Peru e Uruguai, poderão visitar a China por um período de até 30 dias sem a necessidade de visto. Essa informação foi divulgada por Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. A isenção de visto terá validade até 31 de maio de 2026 e é parte de um projeto experimental.


O anúncio ocorreu durante o Fórum China-Celac, onde o presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou a intenção de promover intercâmbios mais fluidos entre a China e os países da América Latina. Além da isenção de visto, o evento resultou em compromissos significativos, incluindo a oferta de 3.500 bolsas de estudo e 10 mil oportunidades de treinamento.


Durante o fórum, Xi Jinping se reuniu com os presidentes Gabriel Boric, do Chile, e Gustavo Petro, da Colômbia, para discutir a necessidade de uma resposta conjunta a práticas comerciais unilaterais, especialmente em relação aos Estados Unidos. Essa conversa destaca a crescente cooperação entre os países da região e a China.


Petro, por sua vez, formalizou a adesão da Colômbia à Iniciativa Cinturão e Rota, um projeto ambicioso da China que visa expandir suas conexões comerciais globalmente. O chanceler do México, Juan Ramón de la Fuente, também participou do evento, manifestando o interesse do país em fortalecer o diálogo político com a China, evidenciando a importância das relações bilaterais.



*Reportagem produzida com auxílio de IA

FMI alerta para riscos globais e cobra resposta com reformas e apoio a países vulneráveis

Fundo Monetário Internacional destacou a necessidade de reformas fiscais e estruturais para impulsionar o crescimento liderado pelo setor privado, diante da desaceleração global e do aumento das tensões comerciais

  • Por Jovem Pan

Em comunicado divulgado após a 51ª Reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), o Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou que a economia global atravessa um “momento pivotal”, marcado pela intensificação das tensões comerciais, o que tem gerado “incerteza elevada, volatilidade nos mercados e riscos ao crescimento e à estabilidade financeira”. O texto, liderado por Mohammed Aljadaan, presidente do IMFC, alerta para uma desaceleração do crescimento mundial no curto prazo, com riscos negativos em ascensão.


Os integrantes do Comitê reconheceram que conflitos geopolíticos e transformações estruturais, como a digitalização e as mudanças climáticas, impõem desafios adicionais. “Guerras e conflitos impõem um pesado custo humanitário e econômico”, afirmaram. Ainda assim, reforçaram que o FMI não é o fórum apropriado para tratar de questões de segurança, que devem ser debatidas em outras esferas. Como resposta aos riscos, o grupo defendeu reformas fiscais e estruturais que estimulem o crescimento liderado pelo setor privado. “Ajustes fiscais devem ser conscientes dos impactos distributivos e apoiados por um plano crível de consolidação em médio prazo”, disseram. Os bancos centrais, por sua vez, seguem comprometidos com a estabilidade de preços, ajustando as políticas conforme os dados disponíveis.



O FMI também reiterou a importância de apoiar países vulneráveis, especialmente economias de baixa renda e afetadas por conflitos. “Reafirmamos nosso compromisso em tratar vulnerabilidades da dívida de forma eficaz”, afirmou o comitê, citando avanços no Marco Comum do G20 para reestruturações.

Em relação à governança do Fundo, o IMFC manifestou apoio à ampliação das cotas, como forma de fortalecer a instituição e garantir maior representatividade às economias emergentes. “O realinhamento das cotas deve refletir melhor o peso dos países na economia global”, disseram. O encontro foi encerrado com a reafirmação do papel do FMI como “conselheiro confiável” em um cenário internacional desafiador. A próxima reunião do IMFC está marcada para outubro.


*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Victor Oliveira 

Real é a 4ª moeda que mais se valorizou frente ao dólar em 2025

Levantamento da Austin Rating, com dados do Banco Central (BC), classificou 118 países em ranking internacional; moeda brasileira subiu 10,1% em comparação à moeda norte-americana

  • Por Jovem Pan

Em 2025, o real brasileiro destacou-se no cenário internacional como a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar, registrando uma alta acumulada de 10,1% até 13 de maio. Este dado foi revelado por um levantamento da agência Austin Rating, que analisou 118 moedas ao redor do mundo. O real ficou atrás apenas do rublo russo, do cedi de Gana e da coroa sueca. O estudo, fundamentado em dados do Banco Central, mostrou que 72 moedas se valorizaram no ano, enquanto 26, como o peso argentino e o bolívar venezuelano, sofreram desvalorização.


Especialistas atribuem a valorização do real a uma combinação de fatores internos e externos. No cenário internacional, a diminuição da inflação nos Estados Unidos e um recente acordo comercial entre China e EUA contribuíram para reduzir o risco de uma recessão global. No Brasil, a taxa básica de juros, que está elevada em 14,75% ao ano, tem atraído capital estrangeiro, resultando em um aumento na entrada de dólares no país. Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating, observa que, apesar desses fatores positivos, a fragilidade fiscal do Brasil impede uma valorização ainda mais significativa do real.


Para Agostini, é crucial que o Brasil alinhe sua política fiscal com a monetária, com foco no crescimento econômico de longo prazo. Joelson Sampaio, economista e professor da FGV, destaca que o diferencial entre os juros brasileiros e americanos é o principal motor da valorização do real. Este cenário beneficia importadores e alivia a pressão inflacionária, mas também apresenta desafios para os exportadores. Apesar da recente valorização, o real ainda não atingiu os níveis pré-pandemia e continua vulnerável a oscilações externas e incertezas fiscais.


O futuro do real dependerá de diversos fatores, incluindo a inflação nos Estados Unidos, a política fiscal brasileira e possíveis acordos geopolíticos. A capacidade do Brasil de manter um equilíbrio entre suas políticas fiscal e monetária será determinante para sustentar a valorização do real e garantir um crescimento econômico estável e duradouro. A atenção a esses elementos será essencial para que o país possa navegar com sucesso pelas complexidades do mercado global.



*Com informações de Valéria Luizette